Desde o começo da gravidez, eu tinha a certeza de uma coisa: queria um parto natural. Era um desejo muito forte que eu trazia comigo de poder dar à luz um bebê apenas com a inteligência corporal que toda mulher carrega em si naturalmente.
Para minha decepção vi que não seria nada fácil realizar meu plano de parto ideal, pois já nas primeiras consultas, os profissionais que visitei foram categóricos: “pense bem nos riscos, você é uma gestante considerada idosa” (com 38 anos!) e o pior de tudo: “esse bebê é grande e você é muito pequena”! (como se você possível prever o tamanho final de um bebê aos três meses de gestação.)
Eu fui percebendo que aquela conversa toda era uma grande roubada e comecei a pesquisar o parto natural na net e nos livros. Cada vez que lia um relato de parto me comovia com a profundidade do ato que é trazer um filho ao mundo participando do processo ativamente.
Foi aí que, através de uma amiga, descobri a Betina, obstetra e homeopata, que se dedica exclusivamente ao parto natural e que antes de ser médica é uma pessoa linda e muito humana. Ela foi a minha “fada boa” do parto! Desde as primeiras consultas (e a primeira foi na minha casa, as duas conversando sem sapato no sofá como velhas amigas de infância) senti que seria possível sim um parto sem intervenções.
O Gê, pai do Guido e meu amor, foi o meu grande incentivador, me apoiando incondicionalmente desde o início. Decidimos levar o plano adiante e tivemos uma gravidez absolutamente tranqüila, sem nenhum susto, sem nenhuma complicação. Felizes da vida! Eu tinha certeza que ele estaria ao meu lado quando o Guido nascesse na nossa casa, sem aquela confusão de hospital, de agulhas e seringas, de gente falando alto, de luzes acessas. Queríamos receber o Guido do jeito que todo bebezinho merece. Com calma, com amor, com respeito.
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